quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O sabor da Oktoberfest


Fui presenteado pela amiga e cunhada Kaina com um belo kit da cervejaria alemã Paulaner, contendo uma lata de um litro de Oktoberfest e uma caneca com a mesma capacidade.  O estilo Oktoberfest, como diz o nome, é consumido durante os tradicionais festejos na cidade de Munique (sua origem está no texto que fecha esta resenha). O prazer começa pelos olhos, que se encantam com a bonita caneca em baixo relevo. No centro, a logomarca que estampa um padre da ordem que dá nome à cervejaria fundada  em 1634. Na lata, mulheres robustas marcham munidas de várias canecas cheias, bastante apropriadas ao contexto germânico de celebração.

Feita para ser consumida em outubro, quando o frio começa a dar o ar da graça nos campos bávaros, é uma cerveja mais encorpada, com fartas doses de malte e teor alcoólico de 6%. Embora ofereça excelente drinkability, não se trata de algo leve e refrescante como uma Pilsener ou uma Kölsch. A espuma, branca, é abundante quando servida, mas não se mantém, cobrindo com uma fina camada o liquido de cor dourada, de tons mais escuros. No nariz e na boca, percebem-se a forte presença de malte e o lúpulo na dose certa, resultando em uma cerveja muito bem balanceada e elegante. Não se trata de cerveja de alta complexidade, fato que não a desmerece de maneira alguma. A quantidade, um litro, não foi problema algum para este humilde degustador, haja vista que desce que é uma maravilha!

Fazendo um parêntese, no início do ano tive a oportunidade de comprar duas garrafas pequenas da norte-americana Dogtoberfest, a versão ianque deste estilo produzida pela cervejaria Flying Dog. Também sazonal, foi, de longe, a melhor das Flying Dog que já provei. Apesar dos muitos elementos, é bem resolvida e desce bem, ao contrário dos outros rótulos da mesma cervejaria, geralmente lupulados em demasia.

Aliás, tive a curiosidade de pesar a caneca cheia, resultando em aproximadamente 2,5 kg. Ou seja, ao beber no canecão de dimensões avantajadas, o cidadão automaticamente queima uma parcela das calorias ingeridas. Bom, não?

Um pouco de história
A origem da festa remonta a 1810, quando, na cidade de Munique, se organizou uma corrida de cavalos celebrando a união de Luis I da Baviera com a princesa Teresa de Saxe-Hildburghausen. O evento foi realizado em um parque longe do centro, prontamente batizado de Theresienwiese, em homenagem à noiva. Já o estilo Oktoberfest também é conhecido por Märzen – março, em alemão – pois era impossível produzir cerveja no verão, já que não existia meio de refrigerar a bebida. Sendo assim, a fabricação de cerveja era encerrada nos primeiros dias da primavera. Esta cerveja era então guardada durante a primavera e verão em cavernas, para ser finalmente consumida nos festejos de outubro.

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